A régua do mercado imobiliário vai subir!

Sabemos que a caixa econômica federal é líder no crédito imobiliário do Brasil, com uma fatia aproximada de 70% do mercado de financiamentos, utilizando como fonte principal de captação, o FGTS e a poupança e entendo que possuí autoridade para transformar o mercado.

Com o lançamento da nova linha de financiamento habitacional com juro pós-fixado atrelado o CDI que viabilizará o financiamento de clientes que desejam imóveis acima de 1,5mm, o mercado está dividindo opiniões.

Alguns dizem: “Quem ganha mais, paga mais!” Outros questionam: “Por que um cliente private, que tem taxas competitivas nos bancos privados a partir de 10,49% a.a + TR, optaria pela Caixa com juros pós-fixados?”

💡 Minha opinião?

Essa movimentação reflete a escassez de recursos de poupança, um tema debatido no mercado desde 2011, especialmente em períodos de Selic alta, onde temos escassez de recursos e não conseguimos atender todas as demandas. E, como vimos antes, inovações como essa tendem a redefinir padrões.

Lembro quando o Santander inovou oferecendo financiamento atrelado ao CDI para incorporadores. Na época, parecia algo fora do comum e que nenhuma construtora/incorporadora, aceitaria, mas hoje é uma prática padrão entre bancos privados. Então, por que não trazer essa modalidade também para o cliente final? O pensamento sempre foi: Com financiamento mais caro, ninguém vai financiar, porém…

📊 Os dados não mentem:

Mesmo com juros altos nos últimos dois anos, o volume de financiamentos e vendas segue crescendo. O que mostra que a demanda existe, e dado que os recursos de poupança, cada vez mais escassos, os bancos precisam se adaptar.

Minha aposta? O setor imobiliário no Brasil, vive um momento de transição. De acordo com a ABECIP (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), a participação do mercado de capitais como alternativa de funding aumentou de 30% para 40% a partir de 2022. Essa modalidade da CAIXA, veio para transformar a forma como o mercado imobiliário atua, aliviar o SBPE e, com o tempo, os bancos privados devem seguir a mesma tendência e quem precisará financiar, terá que pagar o preço.

💭 E você, o que pensa sobre essa nova modalidade?

Se já é realidade na pessoa jurídica, pq não trazer para o cliente final? O pensamento sempre foi: Com financiamento mais caro, ninguém vai financiar, porém estamos há 2 anos com taxa de juros alta e os números de vendas e financiamentos só crescem e os recursos de poupança se esgotando cada vez mais…